Era uma vez um nobre rico que vivia em uma grande chácara com sua esposa e quatro filhos.
Certo dia, sua esposa adoeceu e nem mesmo os caros tratamentos dos melhores médicos da região conseguiram curar a boa senhora.
Além da perda de sua mãe, as crianças da família Lisbon ainda teriam de aprender a suportar a madrastra sra. Dana Martins, e suas duas filhas mimadas, Lorelai e Erica.
Inspirada no conto "Cinderela" dos Irmãos Grimm (versão adaptada).
Classificação: +13
Categorias: The Mentalist
Personagens: Kimball Cho, Patrick Jane, Teresa Lisbon, Grace VanPelt, Lorelai Martins, Erica Flynn, Dana Martins, Stan Lisbon, Thomas Lisbon, James Lisbon.
Gêneros: Drama, Romance, AU
Avisos: Divirta-se!
Capítulos: 6 (provavelmente)
Certo dia, sua esposa adoeceu e nem mesmo os caros tratamentos dos melhores médicos da região conseguiram curar a boa senhora.
Além da perda de sua mãe, as crianças da família Lisbon ainda teriam de aprender a suportar a madrastra sra. Dana Martins, e suas duas filhas mimadas, Lorelai e Erica.
Inspirada no conto "Cinderela" dos Irmãos Grimm (versão adaptada).
Classificação: +13
Categorias: The Mentalist
Personagens: Kimball Cho, Patrick Jane, Teresa Lisbon, Grace VanPelt, Lorelai Martins, Erica Flynn, Dana Martins, Stan Lisbon, Thomas Lisbon, James Lisbon.
Gêneros: Drama, Romance, AU
Avisos: Divirta-se!
Capítulos: 6 (provavelmente)
Terminada: Não
Capítulo 1
Século XIX - Inglaterra
Era uma vez um nobre rico que vivia em uma grande chácara com sua esposa e quatro filhos.
Certo dia, sua esposa adoeceu e nem mesmo os caros tratamentos dos melhores médicos da região conseguiram curar a boa senhora.
Quando sentia que seu tempo de vida chegava ao fim, mandou as servas chamarem sua filha mais velha e seus três filhos mais novos, para despedir-se.
- Teresa, preserve seu bom coração e seja boa para as pessoas. Lembre-se sempre que te amo muito - ela disse à mais velha - James, Stan e Thomas, cuidem de sua irmã, de seu pai e dos negócios de seu pai. Sejam bons para quem ele escolher se casar depois de mim.
Eles prometeram que fariam como ela desejava e naquela mesma noite, ela partiu deste mundo.
Passado o período de luto, muitas das viúvas e solteironas da região, fizeram visitas à casa dos Lisbon, na tentativa de serem as escolhidas de se tornarem a nova Sra. Lisbon, até que o Sr. Lisbon decidiu casar-se com a Sra. Dana Martins e ela e suas duas filhas mudaram-se para a residência dos Lisbon.
As filhas da nova sra. Lisbon, muito se pareciam com ela em sua fama de metida e arrogante. Tanto que, bastou verem a pequena Teresa e seus três irmãos na sala principal da casa, que já disseram:
- O que estes pequenos vermes fazem aqui? Deveriam estar com os servos!
- Tem razão, filha - respondeu Dana - A partir de agora serão nossos empregados. Irão cozinhar, limpar e tudo o mais…
Esta decisão alegrou as duas filhas, Lorelai e Erica, que logo retiraram de Teresa e de seus irmãos suas roupas finas, suas jóias e tudo o mais que lhes pertencia, dando-lhes em troca trapos como roupas e o celeiro, onde passariam a dormir, de agora em diante.
- E agora, já para a cozinha! - exclamaram as duas, rindo-se.
O sr. Lisbon, apesar de ciente do decidido com relação aos seus filhos, nada fez.
Então, conforme lhes era ordenado, os irmãos Lisbon limpavam, cozinhavam, faziam compras e auxiliavam os outros servos que cuidavam dos animais.
Todos os dias, após o Sol se pôr, os quatro juntavam-se ao túmulo de sua mãe para lamentar sua perda e relembrar os bons momentos vividos enquanto ela estava viva.
- Isto não deveria acontecer - disse James - Deveríamos estar estudando, aprendendo a ler e escrever.
- Nosso pai não deveria ter permitido isto! - respondeu Stan
- “Mas quem é a responsável pelo bom andamento desta casa sou eu!” - imitou Thomas - “Agora já pode beijar meus pés” - os outros riram da voz engraçada que ele fizera.
- Não podemos viver nos lamentando - disse Teresa - Temos que nos manter unidos e cumprir o que a mamãe nos fez prometer.
- Mas como cuidaremos dos negócios do Pai, quando ele precisar de ajuda, se não sabemos nem ler? - perguntou James
- Eu ensinarei a vocês - respondeu Teresa - Lembro-me bem das lições que tinha antes do Pai se casar novamente. Posso ensinar a vocês o que eu sei.
- Mas como praticaremos? Não podemos pegar os livros sem que notem sua ausência na Biblioteca.
- Não se preocupem com isto, está bem? Eu cuidarei de tudo.
- E como não seremos pegos?
- Viremos para cá, todas as noites, como sempre fazemos. Daremos nosso jeito.
- Obrigada Resee! - disseram todos os irmãos.
E todas os dias, depois que o Sol se punha no horizonte, os quatro irmãos aprendiam a ler e a escrever embaixo do Carvalho sob o qual sua querida e amada mãe havia sido sepultada.
No próximo Capítulo...
- Como é? - disse o rapaz aproximando-se de Teresa - Acha que eu não sei atirar?
Ao entrar no campo de visão da menina, o rapaz pareceu notar o olhar assustado e nervosismo que ela escondia tão bem.
“Deve ter se dado conta de com quem está falando” pensou ele.
- Não acho que não saiba atirar. Sei disso. O arbusto que você acertou não estava sequer próximo ao porco - respondeu sem pestanejar, com o coração acelerado.
- Bem - disse o rapaz surpreso - A maioria das pessoas não falariam neste tom comigo.
Capítulo 2
Os dias se passaram, mas nada havia mudado.
Teresa e seus irmãos ainda trabalhavam como servos das duas meninas enjoadas, que de enjoadas que eram, não suportavam nem a simples tarefa de calçar seus grandes sapatos antes de saírem de suas camas, pela manhã.
Às segundas-feiras, o sr. Lisbon tinha aula de arco e flecha com o respeitado caçador Samuel Bosco, que se compadecia das quatro crianças e as ensinava escondido como atirar para se defender ou para ter uma boa caça.
A limpeza da biblioteca era feita todas as quartas-feiras, no mesmo dia que as meninas mimadas tinham aula de escrita e leitura com o perseverante professor Kimball Cho.
Lorelai e Erica não eram muito inteligentes, e por isso levavam quase cinco vezes mais de tempo que uma outra pessoa qualquer levaria para aprender uma lição.
Ao final das aulas, o professor Kimball, que se compadecia da pequena Teresa e seus irmãos, dava uma pequena aula e uma tarefa para ser entregue na próxima semana para os quatro, e tudo muito escondido para que a terrível madrastra e suas duas filhas não soubessem.
Às quintas-feiras, as meninas desastradas, tinham aula de etiqueta com a professora Grace VanPelt, que também se compadecia das quatro crianças maltrapilhas, e os ensinava de maneira clandestina como se portar de maneira elegante e educada.
Às sextas-feiras, as meninas desengonçadas tinham aula de montaria com o professor Wayne Rigsby, mas a verdade é que passavam mais tempo no chão do que em cima do cavalo.
O professor Rigsby, apesar de medroso com relação à sra. Dana Lisbon, compadecia-se das quatro crianças e as ensinava montaria e a verdade é que eles aprendiam mais rápido que qualquer outro aluno que ele já teve.
Aos sábados o sr. Lisbon ia à cidade e, algumas vezes perguntava às meninas fúteis o que elas desejavam.
- Vestidos - dizia uma
- Jóias - respondia a outra
- E vocês? - ele perguntava ao seus filhos - Que vão querer desta vez?
- Um livro do primeiro autor que encontrar -respondiam eles
E o pai se ia à cidade.
- Ora, que ousadia é esta? - disse sra. Dana, assim que o sr. Lisbon já havia desaparecido na estrada - Por causa disto terão de ir cuidar dos porcos sozinhos!
- Mas está é uma responsabilidade dos adultos! Não conseguimos cuidar deles sozinhos - intercedeu Teresa
- Pois então terão de aprender! E é bom que nenhum porco fuja, senão… - ameaçou
Os quatro meninos foram até o chiqueiro, e eram instruídos pelos adultos, que não podiam ajudá-los, sob o que deveriam fazer.
Enquanto limpavam os porcos, Thomas descuidou-se ao deixar a porta do chiqueiro aberta, e um dos pequenos animais de pele rosada, saiu correndo, metendo-se no meio de um denso matagal.
- Oh não! Ela irá me matar! - lamentou o menino
- Não se preocupe. Eu irei procurá-lo - respondeu Teresa
Não foi difícil encontrar o pequeno porquinho, já que ele se divertia em uma poça de lama, não muito longe dali.
Teresa sabia que os porcos assustavam-se fácil, por isso foi cuidadosa ao aproximar-se dele. Quando estava prestes a pegá-lo, uma flecha atravessa as folhas, acertando um arbusto não muito longe de onde estavam Teresa e o porco fujão.
O barulho causado por esta flecha, fez com que o porco se assustasse e corresse para longe dali.
- Me atrapalhou a pegar minha caça! - gritou uma voz ao longe - A flecha teria acertado se não tivesse assustado o porco!
- Foi você que assustou o pobre porco com sua falha pontaria - acusou Teresa, ainda sem ver o rosto do caçador.
- Como é? - disse o rapaz aproximando-se de Teresa - Acha que eu não sei atirar?
Ao entrar no campo de visão da menina, o rapaz pareceu notar o olhar assustado e nervosismo que ela escondia tão bem.
“Deve ter se dado conta de com quem está falando” pensou ele.
- Não acho que não saiba atirar. Sei disso. O arbusto que você acertou não estava sequer próximo ao porco - respondeu sem pestanejar, com o coração acelerado.
- Bem - disse o rapaz surpreso - A maioria das pessoas não falariam neste tom comigo.
- A maioria das pessoas não deve saber que você mira terrivelmente mal, para um caçador.
“Então ela não sabe quem eu sou” raciocinou o rapaz, “Interessante”.
- E a srta. por acaso sabe o que sobre arco, flechas e pontaria?
- Muito mais que você, posso lhe assegurar!
Ele, achando graça no comentário da garota, estendeu seu arco e uma de suas flechas para que ela os pegasse.
- Então prove. Acerte aquela fruta - ele apontou para uma fruta, presa em uma árvore longe de onde eles estavam.
- Está bem.
Ela mirou e atirou utilizando-se das técnicas que aprendera com o professor Samuel Bosco.
O rapaz mal podia acreditar quando a flecha atravessou a pequena maçã, que caiu ao chão depois de ser atingida.
Teresa, sorrindo para o rapaz, correu até a fruta e retirou a flecha que a atravessara, entregando-os ambos nas mãos do caçador.
- Como fez? - perguntou
- Use sua boca como apoio e não deixe os ombros muito para cima - ela respondeu - Agora ajude-me a encontrar o porco que você espantou. Preciso dele vivo.
Depois de resgatarem o porco, Teresa saiu às pressas, esperando que o rapaz não a seguisse.
- Meu nome é Patrick, à propósito - gritou ele para a menina, que apenas sorriu em resposta - Não vai me dizer seu nome?
- Talvez na próxima vez
E tão rápido quanto ela surgiu, desapareceu em meio às espessas folhagens.
Porém, antes que pudesse chegar ao seu destino, lembrou-se de um acontecimento de quando sua mãe ainda era viva.
“ - Quero contar-te uma história - disse a mãe de Teresa
- Que história?
- Se lembra de sua avó?
- Sim. Sinto falta dela.
- É. Eu também - ela tomou entre suas mãos um colar que usava, tirou-o e colocou-o entre as pequenas mãos de Teresa - Eu ganhei isto da minha mãe quando tinha a sua idade. Ela disse que me reconhecia como uma mulher, mesmo que eu ainda não tivesse a idade de uma, e que ela sabia que eu agiria corretamente em todas as situações.
Teresa sorriu.
- Depois daquele dia meu pai escolheu com quem eu me casaria. Foi um momento mágico para mim, pois eu estava tão apaixonada por seu pai! - ela suspirou, olhando para cima - Teresa, eu te reconheço como uma mulher já. Você é forte, é linda e muito esperta - a mãe acariciou o rosto da menina - Quando chegar a hora de você se tornar esposa e formar sua família, lembre-se sempre de aproveitar ao máximo todos os momentos.
Teresa abraçou sua mãe e, agradecendo pelo presente, o colocou em volta de seu pescoço.”
Aquela havia sido a única coisa que ela havia conseguido guardar consigo, quando seu pai casou-se pela segunda vez.
No próximo Capítulo...
Passado alguns dias, na terça-feira, o mensageiro do Rei percorreu todas as residências da vizinhança anunciando o baile do Príncipe, que convidava todas as moças em idade para se casar, solteiras, para que ele elegesse uma que seria sua esposa e futura Rainha.
Capítulo 3
- Fez boa caça, príncipe? - perguntou um dos súditos de seu tio
- Não sei - ele respondeu vagamente, lembrando-se da menina que encontrara.
Correu para dentro do palácio, mas antes que pudesse cruzar a porta principal, seu tio o interrompeu:
- Patrick! - exclamou o Rei Minelli - Que bom que chegou, estava precisando falar com você - o Rei indicou que ele entrasse em um dos cômodos, e ambos sentaram-se.
- Pois então fale, tio.
- Sabe que não tenho filhos meus, Patrick. Logo você será o sucessor de meu trono.
- Por que esta conversa agora?
- Patrick, vou abdicar de meu trono. Já não estou tão jovem quanto gostaria. Você já tem idade para se casar e sei que será o bom Rei.
- Não, tio. O sr. será sempre um Rei melhor. Permaneça no trono.
- Prometi ao povo dar-lhes uma Rainha, e cumprirei minha promessa.
- Então case-se!
- Patrick, já está decidido. Fará bem a você ter uma esposa e reinar.
- Mas pense no quanto fará bem ao povo se o sr. continuar reinando! - insistiu Patrick
O rei riu da persistência do rapaz.
- Se não tem nenhuma moça em mente para se casar, faremos um baile convidando todas as moças solteiras do reino para que você escolha a que mais lhe encantar, está bem?
E com isso ele se foi dar ordens aos servos para que preparasse o baile.
Quando o Sol se pôs, Teresa e seus irmãos puseram-se à frente do túmulo de sua mãe.
- Você está distraída… - comentou James
- Até parece que viu um passarinho verde! - acrescentou Thomas
- Aconteceu algo quando fui buscar o porco que havia fugido… - começou ela - encontrei-me com um caçador que queria ter atingido o porco.
- E o que aconteceu? - perguntou Stan aflito
- Bem, ele tinha uma péssima pontaria. Não acertou nem perto de onde o porco estava.
- E vocês conversaram? Ele fez algo para você que te magoou? - indagou James preocupado
- Conversamos. Ele não me fez nada - ela pareceu pensar um pouco - Já fazia tempos que não conversava com alguém que não me tratasse como uma serva.
- Isto é uma coisa boa então?
- Sim, acho que sim.
- Então por que parece triste? - perguntou Thomas
- É que isto me fez lembrar que nunca realizarei meu sonho de me casar - afirmou triste enquanto algumas lágrimas lhe escapavam os olhos.
- Oras, não fique assim! Tenho certeza que encontrará bons pretendentes - os outros irmãos concordaram
- Vestida com estes trapos? Sempre suja? Que bom partido iria ter o desejo de casar-se comigo? - e a menina desatou a chorar - Isso sem contar que já estou em época de casar. Daqui alguns anos já serei velha demais para casar-me com alguém da minha idade.
E sem saber como consolar a pobre menina, seus irmãos a abraçaram e choraram junto a ela.
Naquela noite Teresa retirou do esconderijo o colar que sua mãe lhe dera, e dormiu segurando-o entre suas mãos.
Passado alguns dias, na terça-feira, o mensageiro do Rei percorreu todas as residências da vizinhança anunciando o baile do Príncipe, que convidava todas as moças em idade para se casar, solteiras, para que ele elegesse uma que seria sua esposa e futura Rainha.
Em todas as casas que recebiam o comunicado do Rei, havia festas e comemorações por parte das moças.
E, obviamente, não fora diferente na residência dos Lisbon.
- Então uma de nós será rainha? - perguntou uma
- Precisam estar estonteantes! Venha, Teresa - disse a sra. Dana - chame o alfaiate com urgência para que ele prepare os vestidos das meninas.
- Está bem - respondeu ela, e logo se apressou para ir até a cidade.
Enquanto caminhava em seus tamancos de madeira desconfortáveis, considerava em sua mente como deveria ser a vida no palácio, para a moça que fosse a escolhida.
Não podia deixar de sentir-se triste por saber que nada daquilo seria para ela. Sra. Dana nunca a deixaria ir ao baile.
Mas quando pensava no baile, tudo o que conseguia imaginar era a dança. Ela amava dançar, mas não o fazia há tempos, desde o falecimento de sua mãe, que fora quem lhe havia ensinado a dançar.
Ah, como ela queria poder usar vestidos de verdade outra vez, conversar com outras pessoas de sua idade, dançar!
Mas antes que ela pudesse começar a se lamentar por não poder nenhuma destas coisas, um cavalo desgovernado passou em sua frente, fazendo-a perder o equilíbrio e cair no chão.
- Desculpe-me - disse o rapaz montado sobre o cavalo, ao fazer meia volta depois de perceber sua falta.
Teresa alçou os olhos e o reconheceu imediatamente. Era Patrick, o caçador!
- Além de não saber atirar, não sabe cavalgar também?
- E lá começam os insultos! - debochou ele - Sabia que você é muito respondona para uma menina da sua idade? Faz isso com seus pretendentes também?
- E você derruba ou tenta atirar uma flecha nas suas pretendentes? - retrucou - Estou toda suja de lama!
- Desculpe-me, donzela - respondeu - Eu continuaria aqui conversando, mas tenho coisas mais úteis à fazer.
E sem pensar duas vezes, Teresa puxou-o com força para fora de seu cavalo, fazendo-o cair no chão.
- Agora estamos empatados! - ela disse e saiu andando, de volta ao seu caminho
- Não vai nem me dizer seu nome? - ele gritou, depois de se recuperar da queda
- Quem sabe quando você não tentar me matar!
No próximo capítulo...
[...] - Permitirei que vá ao baile. Desde que consiga finalizar todas as suas tarefas costumeiras antes de sairmos! - e virando-se novamente para a professora, prosseguiu - Agora, se pudermos conversar sobre o desempenho das meninas...
Teresa enxugou as lágrimas e logo animou-se.
Correu e trabalhou como nunca, sendo auxiliada por seus irmãos e pelos outros servos da casa.
Ao finalizar antes do prazo estabelecido, Teresa correu ao encontro de sua madastra, que se despedia da professora à porta da casa.
- Fiz o que me pediu. Está tudo pronto! Posso ir ao baile?
Compilado - Capítulos 4, 5 e 6
Capítulo 4
No dia do baile, as meninas alvoroçadas não queriam saber de mais nada a não ser aprontar-se para o tal. Tinham certeza que seriam as mais deslumbrantes da festa, e que uma delas seria a escolhida como futura Rainha.
Foi tanto alarde, que não quiseram nem ter aula de etiqueta com a professora Grace VanPelt.
- Bem, como pode ver, srta. VanPelt - disse a sra. Dana - minhas meninas estão se arrumando para o baile!
- Não tem problema. Deixamos para semana que vem - respondeu educadamente a professora.
- Teresa! Coloque aquela jóia em mim. Ficará perfeita! - interrompeu Lorelai - O Príncipe não tirará os olhos de mim!
“Se eu fosse ao baile e o príncipe me escolhesse como sua esposa, realizaria meu sonho, sairia desta casa, levaria os meninos e seríamos felizes” raciocinou Teresa. Mas então lembrou-se que não podia ir ao baile e sem mais aguentar a tortura, colocou-se a chorar.
- Deixe-me ir ao baile! - implorou à madastra
- Ora, menina tola, não faça-me parecer malvada na frente das visitas - ela sorriu falsamente - Permitirei que vá ao baile. Desde que consiga finalizar todas as suas tarefas costumeiras antes de sairmos! - e virando-se novamente para a professora, prosseguiu - Agora, se pudermos conversar sobre o desempenho das meninas...
Teresa enxugou as lágrimas e logo animou-se.
Correu e trabalhou como nunca, sendo auxiliada por seus irmãos e pelos outros servos da casa.
Ao finalizar antes do prazo estabelecido, Teresa correu ao encontro de sua madrastra, que se despedia da professora à porta da casa.
- Fiz o que me pediu. Está tudo pronto! Posso ir ao baile?
- E com que roupa planeja ir? - perguntou a madrasta e começou a rir - Até parece que eu deixaria você participar deste baile, uma servinha imunda!
- Mas você prometeu!
- Não vai ao baile e ponto! - respondeu irritada - Agora saia da minha frente!
E, com lágrimas nos olhos, Teresa o fez.
Sentou-se próximo ao túmulo de sua mãe e pôs-se a chorar novamente, escondendo o rosto entre suas mãos.
Algumas horas se passaram, o Sol já havia se posto, mas Teresa permanecia no mesmo lugar.
- Levante-se! - disse alguém
E a menina levantou o olhar para encontrar a doce professora Grace VanPelt (que havia ouvido a conversa entre ela e sra. Dana, no final da tarde), junto aos professores Wayne Rigsby e Kimball Cho.
- Viemos para levar-te ao baile - disse o professor Cho
- Mas não tenho roupa adequada!
- Levante-se logo e vista isso - respondeu Cho, entregando-lhe um vestido e sapatos de festa - Deve lhe servir. É um presente.
- E ande depressa, para não perder a hora! - Acrescentou professor Rigsby.
Os irmãos de Teresa lhe prepararam uma coroa de flores que haviam colhido no jardim e os outros servos do campo trouxeram cada um um pequeno presente para adorná-la, e assim que a pequena menina estava pronta, foi colocada dentro da carruagem pertencente à professora Grace, e o professor Rigsby a levou até o baile.
Sua entrada fora triunfal. Todos os convidados já haviam chegado, e mais ninguém quase, era esperado.
A surpresa da carruagem fora tanta, que todos os convidados pararam para ver quem era o atrasado. E no momento em que Teresa saiu, adornada com seus presentes, toda a atenção que o Príncipe estava dando para Erica e Lorelai foi dispensada para focar apenas naquela bela desconhecida, que acabara de entrar.
Ele a convidou para dançar, e o rei comemorou ao ver o olhar apaixonado no rosto dos dois.
- Então, enfim nos encontramos novamente - disse ele
- Pelo menos desta vez acho que minha vida não corre perigo - retrucou, divertida
- Me dirás seu nome, então?
- Direi ao final da festa - respondeu a bela donzela
Durante todo o tempo, as invejosas meninas, filhas de sra. Dana, não reconheceram Teresa, e ficaram tentando aproximar-se do Príncipe, que as ignorava sempre.
Quando a noite aproximava-se de seu fim, Teresa deu uma desculpa esfarrapada sobre precisar ir embora, mas Patrick a puxou, antes que pudesse correr, perguntando outra vez sobre seu nome.
- É o nome de uma capital - respondeu e saiu correndo
Patrick, encantado com o mistério daquela donzela, correu atrás dela, apenas para descobrir que além de não saber atirar tão bem quanto ela, ou cavalgar tão bem quanto ela (aparentemente), também não corria tão rápido quanto ela.
Mas, na metade de seu caminho, Teresa perdeu seu delicado sapatinho, que logo depois foi encontrado pelo príncipe.
E, uma ideia surge:
“Irei casar-me com a donzela que calçar este sapato”
Capítulo 5
Começando pelas moças da realeza, segundo a orientação de seu tio, o rei Minelli, o Príncipe Patrick encontrou diversas moças que lhe serviam o sapato no pé.
Porém nenhuma delas tinha um nome de capital, como a donzela da festa lhe revelara secretamente.
O príncipe não contou sobre o nome da moça para ninguém, para que não o enganassem com um simples calçar de sapato.
Sem obter sucesso em sua primeira empreitada, logo pediu ao Rei que ordenasse que todas as moças do reino, ricas ou pobres, provassem do sapato, para que ele então pudesse encontrar aquela que cativou seu coração.
O Rei de bom grado permitiu, e logo que emitiu a ordem, o príncipe Patrick saiu em busca daquela que não lhe saía dos pensamentos.
A chegada do príncipe em todas as casas era um motivo de alvoroço, mas ele já logo cortava o muito falar, se naquela casa a donzela não encontrasse.
Passaram-se dias até que ele chegasse a visitar a residência dos Lisbon. O príncipe já havia quase perdido as esperanças, se não fosse um dos súditos à anunciar o nome daquela família.
“É a capital de Portugal. Ela estará aqui! Minha donzela, minha futura esposa, só pode estar aqui!”
Logo ao entrar, dispensou a senhora que só sabia fazer bajulá-lo e contar bem sobre suas filhas.
Ao propor-lhe o desafio do sapato calçar, logo os olhares de medo no ambiente começaram se cruzar.
- Vamos vestir o calçado lá dentro - anunciou a sra. Dana
E logo ao entrar com a primeira filha, Lorelai, forçou o sapato entrar no pé gigantesco da menina.
- E esconda essa cara de dor. Quando for Rainha, poderá usar o sapato que quiser.
E logo ao saírem, Lorelai sorriu, dizendo que o sapato lhe vestira bem.
Contrariado, o príncipe cumpriria com sua palavra e casaria com a moça.
- Tome cuidado, meu príncipe - aconselhou ao pé do ouvido, um de seus servos - um pé da donzela parece ser maior que o outro.
E, notando a diferença, Patrick tirou o sapato dos pés da menina, e notou o quão inchado e dolorido estes estavam.
Irritado, o príncipe pediu para tentarem colocar o sapato na outra filha. E o mesmo se sucedeu.
- Tome cuidado, meu príncipe. Uma donzela não deveria ter tanta dor ao saber que se tornará uma Rainha.
E, novamente, ao retirar-lhe o sapato, notou que havia sido enganado.
- Não existe outra filha que possa provar do sapato?
O irmão de Teresa, Thomas, que assistia a cena à pedidos da irmã, que se escondera, logo interrompeu dizendo.
- Tem sim, príncipe. É minha irmã!
- Ela é uma das servas, não cairia bem ao príncipe calçá-la - intrometeu-se sra. Dana
- Ora, e não foi o próprio Rei que ordenou que todas as donzelas deveriam provar do sapato? Pois, tragam-na aqui, que eu mesmo colocarei o calçado em seus pés.
Thomas, correndo como o vento, logo foi avisar a irmã do que acontecera.
E ela, ansiosa e aflita, foi ter com o príncipe, mesmo sentindo-se incomodada por estar maltrapilha.
Ao vê-la, o príncipe logo a reconheceu, e para tirar de uma vez por todas as dúvidas, calçou-lhe o sapato, que lhe coube perfeitamente.
- Então eu finalmente a encontrei! - exclamou o príncipe - A mulher misteriosa com quem me casarei.
- Não vai perguntar pelo meu nome? - ela perguntou, com um sorriso divertido
- Diga-me, então, o nome daquela que reinará comigo - ele disse em um tom mais baixo, aproximando-se mais da menina
- Teresa - ela sussurrou em resposta -Teresa Lisbon.
E sem preocupar-se com os trajes, ou com nenhuma outra coisa no reino, o príncipe Patrick inclinou-se e beijou sua bela donzela nos lábios, selando seu noivado.
- Venha comigo para o palácio - o príncipe pediu
Teresa olhou ao redor e aproximou-se ainda mais do príncipe, para sussurrar em seu ouvido.
- Podemos levar meus irmãos? E, talvez, os outros servos também?
- Claro - ele respondeu, impossibilitado de negar qualquer coisa que Teresa lhe pedisse.
Capítulo 6
Antes que pudessem partir para o palácio, Teresa correu até o celeiro para buscar o colar que sua mãe lhe dera.
- Está procurando por isso? - perguntou Lorelai, segurando o colar nas mãos.
- Devolva, Lorelai! Isto é meu! - respondeu Teresa
- Ou vai fazer o quê? - Lorelai caminhou mais alguns passos em sua direção - Você pode até pensar que terá o seu “felizes para sempre”. Mas a verdade é que sempre será uma serva - ela riu - Todos sempre se lembrarão da órfã maltrapilha entrando no palácio. Ou você acha que o favor que o príncipe está fazendo à você durará para sempre?
- Ele não está fazendo um favor. Ele me ama, me casarei com ele.
- Oh, pobre Teresa. Acha mesmo que o príncipe te ama? Olhe só para você! - e com isso, Lorelai largou o colar, deixando-o cair no chão, e saiu do celeiro.
Enquanto isso, o príncipe a esperava junto de seus servos.
- Príncipe! - exclamou Erica
- Sim? - respondeu ainda irritado pela mentira
- Não queria dizer nada lá dentro, mas Teresa não é a mulher certa para casar-se contigo.
- E por que achas isso?
- Porque está apaixonado por ela por sua insegurança e delicadeza. E ela, apaixonada por ti por sua força e aventura. Mas se vai reinar a Inglaterra, o melhor seria casar-se com uma mulher forte e determinada, que o ajudará a tomar as decisões do Reino.
- Então eu sugiro que conheça sua futura rainha, antes de tirar conclusões precipitadas sobre ela - respondeu ríspido.
Os servos de Patrick logo tiraram a moça da presença do príncipe para que ela não o incomodasse mais.
Com o passar de mais alguns minutos, todos os servos já haviam recolhido seus pertences, e estavam prontos para a partida.
Apenas Teresa não estava lá.
Instruído pelos irmãos de sua futura esposa, Patrick entrou no celeiro, para procurar Teresa.
- Precisa de alguma ajuda? - perguntou o príncipe, e a menina, imediatamente virou o rosto para o lado contrário
- Desculpe - disse ela com a voz trêmula - Isso foi um grande engano. Deveria casar-se com uma das filhas de sra. Dana. Elas serão uma melhor escolha de esposa para vossa alteza.
- Do que está falando, Teresa? Quero me casar com você.
Ele aproximou-se dela, sentando em uma caixa de madeira que estava ao lado dela.
- Teresa! - ele acariciou o rosto molhado de lágrimas da menina - Por que está chorando?
- Não serei boa esposa para o príncipe.
- E por que achas isto?
- Olhe para mim! - ela exclamou, exasperada - Olhe para minhas roupas! O que o povo pensaria do príncipe se casasse com uma serva?
- O povo ficaria feliz em saber que eu encontrei a mulher dos meus sonhos! - ele pegou as mãos de Teresa entre as suas - Teresa, não me importo com suas roupas, ou com qualquer outra coisa. Só importo em casar-me contigo! - ele levantou uma de suas mãos até tocar o queixo de Teresa e fazê-la olhar para ele - Não escute o que as filhas de sra. Dana dizem. Elas estão com inveja de você, pois sabem que nunca serão tão doces e tão belas quanto você.
- Doce como uma flecha no meio de uma maçã? - zombou Teresa
- Doce como quem tira o príncipe de seu cavalo para jogá-lo na lama - Riu Patrick
- Mas e quando chegarmos no palácio? As pessoas notarão e falarão mal de mim e do príncipe.
- Se isso te incomoda tanto, ordenarei aos servos que tragam o melhor vestido e as melhores jóias, para que se vista antes de irmos.
E ele aproximou-se dela, colocando a mão em sua nuca, para beijá-la mais uma vez.
Ao chegarem ao palácio, o Rei logo quis conhecer a donzela que conquistara o coração de seu sobrinho e sucessor.
- Realmente, meu sobrinho será um bom Rei - Afirmou ele
- E como chegou a esta conclusão, meu tio - perguntou Patrick
- Um bom Rei faz boas escolhas. E a srta. Lisbon, sem dúvida é uma boa escolha! - as bochechas da menina ruborizaram
- Acredito que o Rei me tenha em mais estima do que realmente mereço.
- E assim reforço meu argumento - ele dirigiu-se a Teresa - Uma rainha como você é o que o povo precisa. Fico muito grato que a tenha encontrado, Patrick
- Eu também - ele disse olhando carinhosamente para Teresa.
- Mas conte-me sobre sua família - pediu o Rei e o rosto alegre da menina de repente empalideceu.
Patrick tomou a vez e disse que Teresa estava cansada da viagem, que seria melhor conversarem amanhã, e assim foi feito.
- Obrigada por ter me salvo desta conversa. Não estava realmente disposta a entrar neste assunto. - disse Teresa ao príncipe, quando chegaram às portas do quarto em que ela e seus irmãos estavam sendo hospedados.
- Não precisa me agradecer - ele respondeu - Mas sabe que uma hora terá de contar, não sabe?
- Sei… Achas que o Rei se importará?
- Bem, com certeza não levará com bons olhos o que ele fizeram a você e seus irmãos - ele tomou a mão dela - Mas ele é um Rei benevolente. Certamente não irá puni-los, se é isso que te preocupa.
- Minha mãe nos fez prometer que cuidaríamos de nosso pai e dos negócios. E que seríamos bons para quem ele escolhesse se casar.
- Compreendo. Intercederei junto ao Rei em momento oportuno para que possas cumprir sua promessa.
- Muito obrigada, Patrick.
- Mais uma vez, não precisa me agradecer. Fico grato em poder ajudar minha noiva - ele a beijou nos lábios, sorrindo
- E o que acontece depois?
- Bem, é como diz a população. Casaremos, reinaremos, teremos uma porção de bebês, e…
- Viveremos felizes para sempre?
- Sim. Para sempre!
E assim como previram, casaram-se, reinaram como nenhum outro Rei e Rainha haviam reinado antes e tiveram quatro filhos.
Quando o Rei Minelli soube da história de Teresa, ficou muito zangado com sua família, e prometeu dar toda a assistência para que os três irmãos ocupassem cargos de importância dentro do Reino.
Apenas Thomas educadamente recusou, pois disse ser muito jovem para assumir tal responsabilidade.
A história percorreu por todos os limites do Reino, e todos tornaram-se compadecidos de sua nova Rainha.
O sr. Lisbon, logo percebeu seu erro e injustiça, e implorou aos seus quatro filhos o perdão, que lhe foi graciosamente concedido.
E todos viveram felizes para sempre.
Surpresinha para vocês!
Espero que tenha gostado <3
Depois que comecei a postar essa história, pensei melhor e acho que deveria tê-la postado como uma one-shot, afinal de contas a Cinderela é um conto.
Mas como já tinha postado, já não dava mais para voltar atrás. Então resolvi fazer essa pequena surpresaagora no final.
Muito obrigada a todos que acompanharam a história!
Beijinhooos :*
Oh, meu Deus, que história mais fofa e perfeita, Lola! *-* Amei, que conseguiu relembrar nossos personagens tão queridos, (e os não tão queridos, hehe), sem perder a essência deles, nem a dos irmãos Grimm. Ansiosa para saber quais surpresas ainda vão se revelar, e como e quando nosso casal finalmente vai ficar junto >.< Parabéns pela idéia envolvente, pela escrita impecável, e obrigada por estar sempre partilhando essas perfeições conosco! <3
ResponderExcluirDepois de todos os comentários no Nyah, você ainda arruma um tempinho para comentar aqui!?
ExcluirVem cá me dar um abraço! <3
Que fofa que você é! Espero que todas as pessoas sejam como você (confesso que eu também preciso ser como você - já faz uma década que não leio fanfics do TM em português :'( ).
Muito obrigada pelos comentários!
Estou imensamente feliz que tenha gostado da história!
Beijinhos :*
Wow, que fanfic maravilhosa! Adorei! Você sempre arrasando em suas fanfics ❤
ResponderExcluirFazia muito tempo que eu não lia uma fanfic tão boa de the mentalist, amei <3
Wow, que fanfic maravilhosa! Adorei! Você sempre arrasando em suas fanfics ❤
ResponderExcluirFazia muito tempo que eu não lia uma fanfic tão boa de the mentalist, amei <3
Nossa ameii fiquei apaixonadas por essa fanfic,vc sempre nos surpreendendo com lindas encantadoras fanfics...Obg vou ler sempre
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